Ironia do destino ou não, li o primeiro do texto que postei hoje na semana passada e achei uma graçinha... Ia postá-lo num dia improdutivo ou naquela semana que eu não tivesse nada de muito interessante para dizer, quando estivesse muito atarefada, cheia de provas, mas não! Aqui está a justificativa pra ser tão "cabaça": KARMA! Obrigada, Senhor, por essa luz que me enviaste.
Comecei digitando o título de hoje "E Deus disse: desce pra ser palhaça (ao invés de arrasa). E aqui estou eu...", mas confesso que o achei um pouco agressivo e lembrei do texto que havia lido. Uni o útil ao agradável e resolvi colocá-lo com mais algumas coisinhas que achei na net, pois a cada dia me convenço que certos estão os que mantém o silêncio.
Eu vou fazer a mesma coisa: me poupar de lamúrias e fazer um protesto silencioso, já que o maior de todos os castigos é a indiferença, essa sim imperdoável. O silêncio mata aos poucos e entre tantos porquês o encanto se acaba e tudo que existiu se resume a infinitos pontos de interrogações, obscuros, sem vida, sem luz, prontos para serem esquecidos num passado já quase distante.
Uma conversa sincera (embora dolorida) poderia resolver toda e qualquer pseudo-desavença, mas é preciso muito peito para falar de verdades e perspectivas. Mas onde não há sinceridade, respeito e consideração, é difícil falar de qualquer outra coisa. Não há futuro no limbo, mas ainda é tempo de ir no mercado comprar uma lanterna...
Eu queria ser um vagalume, 100% auto-suficiente, porém ainda estou desenvolvendo a minha bioluminescência... Daqui há alguns anos vai estar tudo resolvido. Mas enquanto isso sei que existem poucos, mas bons amigos-estrela guiando o meu caminho. Amo vocês e contem sempre comigo :)
Hernán Gené, Um Exército de Clowns
“Um clown é um ser indefeso, desprotegido e muito vulnerável. Definitivamente, é tudo o que na vida uma pessoa não quer ser, mas é. É um ser transparente, tudo nele se vê e se nota, nada se pode dissimular. Ele até tenta dissimular, mas não consegue... E pior, nota-se que tenta; talvez aí radique o ridículo no ser humano.
O clown não é de maneira alguma um idiota, não. Pode até ser muito inteligente, mas é a sua vulnerabilidade que o torna ridículo, que faz dele um clown. A imaginação de um clown não tem limite possível. Tudo o que ele imagina pode ser real. Porque nisto consiste a sua vida, o seu mundo.
Em um mundo onde prevalece o humano, os clowns dão prioridade ao coração, à sinceridade e ao seu amor pela vida e pelas coisas mais belas e nobres; enaltecem a amizade como um valor indestrutível e inviolável, e defendem sempre a verdade como forma de vida, essa verdade interior e pura. O clown é um pretexto para tornar a vida um pouco mais agradável e as pessoas um pouco melhores, mais compassivas e solidárias.”
Jorge Alonso, Clown do Mundo
“Há muitas características das crianças no universo do clown, no seu comportamento, na sua forma de pensar, na maneira de enfrentar os problemas, nas suas brincadeiras, nas reações, nas mudanças de humor, como por exemplo, a passagem do choro ao riso sem transição. A curiosidade, a ingenuidade, o olhar transparente, a sinceridade e a espontaneidade são padrões comuns ao tipo de comportamento da criança e do clown.
O desejo de ter, de jogar, de experimentar, de aprender, a capacidade de reação face à queda, seja física ou emocional, a entrega total àquilo que reclama a sua atenção, a ignorância do perigo, o desejo de abarcar tudo, a eterna indecisão perante duas ou mais fontes de atração irresistíveis.
E, especialmente, o imaginário. Essa capacidade para se transportar para outra realidade, inventada, sonhada, recreada desde o desejo de aceder a ela. Um trampolim para o jogo, para a aventura, como um aspecto fundamental da aprendizagem. Uma atraente simbiose entre conhecimento e gozo. Um elemento de desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, de socialização, de convivência, de aceitação e entrega.
Mas o clown não é uma criança. Tem idade de adulto e, portanto, já viveu e experimentou muito mais coisas que uma criança. Não se pode apagar de repente tudo isso da sua memória. As pessoas, e os clowns que há dentro de cada uma delas, são como são e comportam-se de determinada forma como resultado das experiências vividas desde o seu nascimento.
O clown é, antes, um adulto que atua sempre como o fazem os adultos quando não são observados, quando não estão expostos ao julgamento dos outros. E é quando estamos sozinhos que nos tornamos verdadeiramente livres, dando rédea solta às nossas verdadeiras emoções e mostrando a nudez do nosso interior. O clown perdeu o medo do ridículo e expõem seus sentimentos e suas fraquezas em tempo integral."
As suas Verdades:
- O clown é sempre autêntico.
- O clown é sincero e espontâneo.
- O olhar de um clown é um espelho através do qual vemos o seu interior e o nosso reflexo nele.
- O clown é transparente. As suas intenções estão à vista, mesmo quando tenta enganar.
- O clown é complexo, é composto de muitos rasgos de personalidade que lhe conferem uma grande riqueza expressiva.
As suas Emoções:
- De todas as emoções que habitam o clown, algumas são imprescindíveis: a ternura e a compaixão.
- No seu registro emocional, ele pode passar de um estado ao outro com a mesma rapidez e intensidade com que o sinta dentro de si. Ele é um furacão!
- O clown não tem consciência que exagera. Se o faz, é devido à sua paixão, que o faz acreditar na verdade do seu exagero.
- O clown tem uma boa auto-estima. Acredita na sua inteligência, mesmo quando esta o trai, o que ocorre com bastante frequência.
Adaptado de El Clown, un navegante de las emociones
2 comentários:
Minha palhacinha favorita :) te amo tanto! Ninguém me faz rir assim, humor negro é bom demais e ainda assim vc continua um doce, o mix ideal. Beijo e volta logo pra SBC pra gente badalar bastante.
Já t falei q uma das coisas q eu mais admiro em vc é como vc faz das suas fraquezas sua maior arma, mesmo nos momentos d dificuldades vc é um porto seguro p todos ao seu redor... continue sendo assim, pois ser diferente da maioria, sincera e espontânea é o q t faz ser taum especial. Bjim
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