sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Direito ao foda-se! - Não sei quem é o autor...

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. É como o Latim vulgar, sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios. É a expressão clara e objetiva das emoções e reflexo do que acontece nas nossas vidas.

"Pra caralho", por exemplo: qual expressão traduz melhor a idéia de quantidade do que "pra caralho"? Essas duas palavras juntas tendem ao infinito, é quase uma expressão matemática ou física. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto dela pra caralho.

No gênero do "pra caralho", mas expressando a mais absoluta negação está o famoso e crescentemente utilizado "nem fodendo". O "não, nem rola" e nem tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "não, absolutamente não" o substituem. O "nem fodendo" é irretorquível, liquida o assunto e pronto. Ninguém discute mais depois de ouvir em alto e bom som um "nem fodendo".

Por sua vez, o "porra nenhuma" atendeu plenamente as situações que nosso ego exige. Não é só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra os mais descarados blefes que somos obrigados a escutar. Atualmente é impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional e estudantil.

Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele não redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês vêem, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "puta-que-pariu", (ou seu correlato "puta-que-o-pariu"), falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer "puta-que-o-pariu" te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios terão o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco. Senão, ao menos serviu de desabafo.

E o que dizer do nosso famoso "vai tomar no cu"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio quando (passado o limite do suportável) se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:

"Chega! Quer saber mesmo de uma coisa? Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida e sua auto-estima. Você sai do local, deixando o outro com cara de tacho, de olhar firme, cabeça erguida e um delicioso sorriso de vitória.

Seria tremendamente injusto, embora ainda pesem inexplicáveis e preconceituosas resistências à sua palavra-raiz, não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português vulgar: "embucetou" e sua derivação mais avassaladora ainda "embucetou de vez".

Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor à um contexto de alerta e auto-defesa. "Vamos cair fora que embucetou de vez!". Não é necessário acrescentar uma só palavra.

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se"? O "foda-se" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Ele realmente reorganiza as coisas ou pelo menos me faz esquecer delas temporariamente. Arrisco dizer que ele me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!" ou "vai querer decidir essa merda sozinho(a)mesmo? Então vai se fuder!".

O direito ao "foda-se" deveria estar assegurado na Constituição Brasileira.

Liberdade, igualdade, fraternidade e FODA-SE!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Decifra-me ou te devoro!"


Essa poderia ser uma boa cantada, ou pelo menos a (pseudo) garantia de um fim de noite animado! :) Eu me acho uma pessoa descomplicada, mas ao tentar entender os outros me pego cheia de neuras e chego a me perguntar se no fim da história a "louca" não sou eu. Estou quase fechando o meu diagnóstico de esquizofrenia!

Não, não tenho a pretensão de compreender ninguém em sua totalidade, nem a mim mesma. As pessoas mudam, amadurecem (pelo menos assim se espera...), mas me sinto agraciada quando consigo extrair a essência de alguém. Um elo se forma e magicamente surge um forte vínculo de amizade, carinho e respeito. Esse é uma passo importante para se conhecer os limites de cada um e chegar àquele ponto em que um simples olhar é capaz de dizer TUDO...

Hoje me sinto só, imensamente perdida em um mundo no qual não consigo e nem quero me adaptar. Sabe aquele momento em que todas as suas convicções vão por água abaixo e tudo em que se acreditava parece não mais valer a pena? As coisas começam a dar errado e a gente fica assim, com cara de bobo, sem saber o que está acontecendo... alguém pode me dar uma luz?

Não gosto de ver o mundo em preto e branco. E para a minha tristeza minha vida tem sido colorida em tons de cinza. Talvez a culpada seja eu... Ou não! Eu vivo de ilusões e ainda acredito que no fim tudo dá certo. Eu sou assim, não tem jeito!

Mas não importa de quem é a culpa. Só sei que essa melancolia está na hora de acabar, pois eu não sou assim! Queria abraçar alguém, chorar tudo o que está entalado na minha garganta (até mesmo as coisas que não sei explicar...) e virar a página para começar a ver novamente o mundo com minhas adoráveis lentes cor de rosa!

Nós escolhemos nossos caminhos. Eu já escolhi o meu: quero ser FELIZ e fazer da minha vida motivo de alegria à todos que eu puder. Chega de egoísmo, o mundo precisa de doação, de pessoas que não tenham medo de expôr seus sentimentos e que vivam intensamente aquilo em acreditam.

Pode ser que de tanto me entregar eu nunca tenha sido minha... Será melhor então viver a vida sozinha? Eu quero carinho, quero me sentir protegida e dar o meu colo sempre que for preciso. Como é bom ter alguém para dividir as dores e multiplicar as alegrias. Estou falando do AMOR em sua forma mais ampla. Meus amigos do coração sabem exatamente do que estou falando, pois pra mim não existe meio termo, é tudo ou nada!

Hoje é meu aniversário e quero me dar de presente o fim desse tempo de "tristeza". Agradeço à todos que estiveram ao meu lado quando precisei e também àqueles, que mesmo longe, sei estarão ao meu lado quando for necessário. Amo vocês e cada um dos meus queridos sabem o quanto são importantes pra mim.

Rastro de Cometa - Jorge Vercilo


"Sei, às vezes é difícil perceber
As coisas boas que acontecem com você.
Sei, é tão difícil de acreditar
Vemos estrelas que já nem existem lá.

Sei, a vida não é mar de rosas
No entanto não será só desengano.
Tem pessoas tão maravilhosas
E uma delas é você!

Rastro de cometa,
Raio de luar,
Me dá certeza que amanhã vou te ganhar!

Sei, às vezes é difícil perceber
As coisas boas que acontecem com você.
Sei, é tão difícil de acreditar
Vemos estrelas que já nem existem lá.

Em volta da lua há um halo,
É sinal que nascerá um lindo dia.
Vai dar praia amanhã, é claro,
E na praia eu vou te ver!

Rastro de cometa,
Raio de luar,
Me dá certeza que amanhã vou te ganhar!"

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Depois da tempestade, vem a bonança. Espero...

Estou aqui ouvindo o lindo (e deprimente) DVD da Luíza Possi e só pensando como a vida é mesmo complicada. Por mais que eu tente tirar os problemas da frente, algumas coisas simplesmente NÃO ACONTECEM e a gente fica assim, com cara de tacho sem entender o porquê. Quero uma luz para me guiar e quando me sinto sozinha, sei que ao meu lado tenho o melhor dos conelheiros: meu coração!

O que me alegra é que meu aniversário está chegando, quem sabe os dias se tornem um pouco mais luminosos daqui pra frente. Quero sim os dias de chuva para esconder as lágrimas que correm pelo meu rosto e lavar minha alma. Porém com a certeza de que o Sol virá e me presenteará com o mais belo dos arco-íris.

"Se você pensa que meu coração é de papel, não vá pensando, pois não é. Ele é igualzinho ao seu e sofre como eu." - Coração de Papel (original do Sérgio Reis)

Estou cansada de ser tão boazinha e não receber em troca nem sequer a sinceridade das pessoas ao meu redor. Poxa vida, a única coisa que eu peço é respeito. Chega de ilusões! Vou dormir que está tarde demais para perder horas de sono tão preciosas...

Só Mais uma coisinha: valorizem as pessoas lhe querem bem. Muitas vezes nem dos damos conta de como somos importantes para alguém. Retornem esse carinho, pois embora o amor não peça nada em troca, devemos ser gratos e valorizar esse sentimento quando verdadeiro. Amanhã pode ser tarde demais e de nada adiantará ficar se lamentando... Hoje é o tempo das ações, pois a vida passa rápido demais.

Link para a música Coração de Papel, na versão da Luíza Possi. Só não vale chorar, rs!
http://www.youtube.com/watch?v=fNbwZsRLze4