quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sugestão de um pseudo-sócio


Confissão de um Estágiário - do BLOG insoonia.com :)

“Fui demitido. Justa causa.
Como estagiário, aprendi milhões de coisas e fui muito bem sucedido nas minhas funções. Juro que não entendo o porquê de me demitirem…
Eu tinha várias funções que fazia com excelência, entre elas:
1. Tirar xerox. 3.1 segundos por página.
2. Passar café.
3. Comprar cigarro e pão. 1 minuto e 27 segundos. Ida e volta.
4. Fazer jogos na Mega-Sena, Dupla-Sena, Lotofácil, Loteria Esportiva…
Eu era muito bom. Mesmo. Fazia tudo certinho, até que peguei uma certa confiança com o pessoal e resolvi fazer uma brincadeirinha inocente.
É impressionante o nível de stress em um ambiente de trabalho.
Quis dar uma amenizada na galera, deixar o povo feliz e fui recompensado com uma bela de uma demissão por justa causa. Puta sacanagem!
Vou contar toda minha rotina desse dia catastrófico.
Era quinta-feira, 26 de março, quando cheguei ao trabalho.
Nesse dia, passei na padaria no meio do caminho. Demonstrando muita proatividade, comprei pão e 3 Marlboro. Já queria ter na mão sem nem mesmo me pedirem. Quando abri a agência (sim, me deixam com a chave porque o pessoal só começa a chegar lá pelas 11h), já vi uma montanha de folhas para eu xerocar na minha mesa. Xeroquei tudo, fiz o café e deixei tudo nos trinques (minha mãe que usa essa gíria rs).
Como tinha saído um pouco mais cedo no outro dia, deixaram um recado na minha mesa: “pegar o resultado da mega-sena na lotérica”.
Como tinha adiantado tudo, fui buscar o resultado. No meio do caminho, tive a ideia mais genial da minha vida e, consequentemente, a mais estúpida.
Peguei o resultado do jogo: 01/12/14/16/37/45. E o que fiz?
Malandro que sou, peguei uns trocados e fiz uma aposta igual a essa. Joguei nos mesmos números, porque, na minha cabeça claro, minha brilhante ideia renderia boas risadas. Levei os 2 papeizinhos (o resultado do sorteio e minha aposta) para o trampo novamente.
Ainda ninguém tinha dado as caras. Como sabia onde o pessoal guardava os papeis das apostas, coloquei o jogo que fiz no meio do bolinho e deixei o papel do resultado à parte.
O pessoal foi chegando e quase ninguém deu bola pros jogos. Da minha mesa, eu ficava observando tudo, até que um cara, o Daniel, começou a conferir.
Como eu realmente queria deixar o cara feliz, coloquei a aposta que fiz naquele dia por último do bolinho, que deveria ter umas 40 apostas. Coitado, a cada volante que ele passava, eu notava a cara de desolação dele. Foi quando ele chegou ao último papel.
Já quase dormindo em cima do papel, vi ele riscando 1, 2, 3, 4, 5, 6 números. Ele deu um pulo e conferiu de novo.
Esfregou os olhos e conferiu de novo, hahahaha. Tava ridículo, mas eu tava me divertindo.
Deu um toque no cara do lado, o Rogério, pra conferir também.
Ele olhou, conferiu e gritou:
-PUTA QUE PARRRRRRRRIUUUUUUUUUU, TAMO RICO, PORRA. - Subiu na mesa, abaixou as calças e começou a fazer girocóptero com o pau.
Óbvio que isso gerou um burburinho em toda a agência e todo mundo veio ver o que estava acontecendo.
Uns 20 caras faziam esse esquema de apostar conjuntamente. Oito deles, logo que souberam, não hesitaram: correram para o chefe e mandaram ele tomar bem no olho do cu e enfiar todas as planilhas do Excel na buceta da arrombada da mulher dele.
No meu canto, eu ria que nem um filho da puta. Todos parabenizando os ganhadores (leia-se: falsidade reinando, quero um pouco do seu dinheiro), com uns correndo pelados pela agência e outros sendo levados pela ambulância para o hospital devido às fortes dores no coração que sentiram com a notícia.
Como eu não conseguia parar de rir, uma vaquinha veio perguntar do que eu ria tanto. Eu disse:
-Puta merda, esse jogo que ele conferiu eu fiz hoje de manhã.
A vaca me fuzilou com os olhos e gritou que nem uma puta louca:
-PAREEEEEEEEEEM TUDO, ESSE JOGO FOI UMA MENTIRA. UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO DO ESTAGIÁÁÁÁÁÁÁRIO!
Todos realmente pararam olhando pra ela. Alguns com cara de “quê?” e outros com cara de “ela tá brincando”.
O cara que tava no bilhete na mão, cujo nome desconheço, olhou o papel e viu que a data do jogo era de 26/03.
O silêncio tava absurdo e só eu continuava rindo. Ele só disse bem baixo:
- É…é de hoje.
Nesse momento, parei de rir, porque as expressões de felicidade mudaram para expressões de "vou te matar".
Corri… Corri tanto que nem quando eu estive com a maior caganeira do mundo eu consegui chegar tão rápido ao banheiro.
Me tranquei por lá ao som de “estagiário filho da puta”, “vou te matar” e “vou comer teu cu aqui mesmo”. - P.S. Essa última foi do peladão !
Eu realmente tinha conseguido o feito de deixar aquelas pessoas com corações vazios, cheios de nada, se sentirem feliz uma vez na vida.
Deveriam me dar uma medalha por eu conseguir aquele feito inédito. Mas não, só tentaram me linchar e colocaram um carimbo gigante na minha carteira de trabalho de demissão por justa causa. Belos companheiros!
Pelo menos levei mais 8 neguinhos comigo ! Quem manda serem mal educados com o chefe. Eu não tive culpa alguma na demissão deles.
Pena que agora eles me juraram de morte…Agora tô rindo de nervoso.
Falei aqui em casa que fui demitido por corte de verba (consegui justificar dizendo que mandaram mais 8 embora, rs) e que as ligações que tenho recebido são meus amigos da faculdade me passando trote. Eu supero isso, tenho certeza!
É, amigos, descobri com isso que não se pode brincar em serviço mesmo…”

quarta-feira, 29 de abril de 2009

No pain, no gain - Man in the box


"Tá, gostar de dor não é algo muito saudável. Mas não tem um só surtadinho de academia que não curta uma dorzinha pós-ginástica. É tipo um selo de qualidade, se não doeu, não valeu!

E enquanto gente normal se orgulha de reciclar lixo, de salvar cachorro abandonado, ou gastar menos água, os surtadinhos se orgulham da dor no peitoral. (P.S.: E vemos aí uma coleção de Johnny Bravos e suas perninhas muxibas...)

Que fique claro, dorzinha não significa tchutchuquice. Não é porque dói que você vai virar da noite pro dia a última (e sarada) cereja do bolo. A barriguinha continua lá, porém dolorida. Lama.

O importante é que se a gente tem dorzinha, é porque vai na academia. E só o fato de sair de casa para levantar peso, ao invés de se jogar no sofá e levantar garfo, dá outro up na moral.

A euforia só passa quando você acorda moído.com.br, sentindo dor até onde o sol não bate e se vê obrigado a mandar para dentro dois Dorflex’s logo cedo. E lembra do mantra da personal psicótica que diz: tá doendo hoje? Espera amanhã."

Hoje não estou muito inspirada para escrever, quero só curtir mais um feriado que está chegando... Depois de tantas provas preciso mesmo descansar o corpo, a mente e o espírito, o qual tem andado um pouco aflito com os probleminhas do cotidiano.

E por que estou escrevendo sobre malhação? Primeiro em homenagem a dor que estou sentindo nas minhas batatinhas depois de correr ontem. Realmente é uma dor gostosa :) Uma mistura de sensação do dever cumprido e da renovação muscular regada de ácido láctico! Que delícia (sim, a medicina não nos abandona nunca, nem nos momentos de lazer).

Para todos que não acreditam, especialmente o Marco Lazarento, vou sim estar correndo 10 km até o fim do semestre! E daqui há alguns anos vou estar mostrando o dedo do meio para você na Rede Globo na prova da São Silvestre. Aguarde :P

Como é bom quando nem os amigos apostam em você... Malditos, rs! Mas para a minha sorte, muitos outros estão empolgados com a idéia e até me acompanham de vez em quando nas minhas corridinhas.

E voltando da Alemanha, no dia seguinte, já jurei: academia pedreirex! Tenho que aproveitar a animação da galera e suar a camisa. Estou tão empolgada que inclusive já coloquei o celular para despertar às 05:30 hs para poder fazer meus exercícios matinais. Vou aproveitar enquanto estou no pique de acordar tão cedo, pois sei que logo o sono vai reinar, ainda mais nos dias frios de outono e inverno.

Cada um libera endorfinas como pode, né? Uns namoram, outros comem chocolate e quem não pode se dar a nenhum dos luxos anteriores tem que se lascar mesmo e ir malhar :( Me encaixo (com muito desgosto) no último grupo. Mas o que importa na atual conjuntura é que todos os caminhos levam a Roma, portanto estou chegando lá!

Meu corpo é o templo de minha alma, razão pela qual devo cuidar cada vez melhor dele. Embora a beleza seja efêmera, saúde e auto-estima fazem bem para todo mundo, pois somente quando a gente está MARA é que conseguimos transmitir boas energia e realizar boas ações. E eu que tanto quero mudar o mundo, preciso praticamente me purificar!

Corpo são, mente sã. E a beleza que Deus não deu a gente compra, seja na academia, nos remédios para emagrecer, na lipo ou no silicone. Com moderação, é claro! Que eu adoooro um sangue e que quero ser cirurgiã todo mundo sabe, mas estou pensando seriamente em fazer a residência de Plástica depois da de Cirurgia Geral. Tenho muito tempo para decidir, porém é sempre bom ter mais uma opção além da de Emergência e Trauma!

E chega de papo que amanhã levantarei cedo demais para o meu gosto e embora Sexta-feira já esteja chegando, vou continuar naquela maratona de sempre: estudos, casa da mama e sono atrasado. Portanto, vou dormir! Inté :P

Obs.1: no feriado escrevo meu papo-deprê de hoje com as meninas sobre: "há tantas pessoas especiais..." - só uma pergunta: quando é que a gente vai virar o lado do disco, porra?

Obs.2: sempre no meu círculo vicioso acabei de ler os livros Ele Não Está Tão Afim de Você (hello, acordei para vida!) e Homens, Amor e Sexo (e depois as mulheres que são complicadas... Que piada!). Um dia hei de ser sexóloga e ajudar esse bando de almas perdidas e solitárias. Ia fazer mais sucesso que igreja evangélica (sem preconceito) e de quebra eu ainda ia poder aparecer a madrugada inteira na televisão!

E deixa eu concluir logo a postagem senão o novo papo começa a se desenrolar de novo. E mais uma vez eu repito: quem precisa de psicológo quando se tem amigos e um Blog? FUI...

terça-feira, 28 de abril de 2009

I dreamed a dream - Les Miserables



There was a time when men were kind
When their voices were soft
And their words inviting.
There was a time when love was blind
And the world was a song
And the song was exciting.
There was a time ... then it all went wrong

I dreamed a dream in time gone by
When hopes were high and life worth living,
I dreamed that love would never die
I dreamed that God would be forgiving.

The I was young and unafraid,
When dreams were made and used and wasted.
There was no ransom to be payed,
No song unsung, no wine untasted.

But the tigers come at night,
With their voices soft as thunder,
As they tear your hope apart
As they turn your dreams to shame

He slept a summer by my side.
He filled my days with endless wonder,
He took my childhood in his stride,
But he was gone when autumn came.

And still I dreamed he'd come to me
And we would live the years together,
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather.

I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream
I dreamed.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

E Deus me disse: serás um clown! E aqui estou eu...


Ironia do destino ou não, li o primeiro do texto que postei hoje na semana passada e achei uma graçinha... Ia postá-lo num dia improdutivo ou naquela semana que eu não tivesse nada de muito interessante para dizer, quando estivesse muito atarefada, cheia de provas, mas não! Aqui está a justificativa pra ser tão "cabaça": KARMA! Obrigada, Senhor, por essa luz que me enviaste.


Comecei digitando o título de hoje "E Deus disse: desce pra ser palhaça (ao invés de arrasa). E aqui estou eu...", mas confesso que o achei um pouco agressivo e lembrei do texto que havia lido. Uni o útil ao agradável e resolvi colocá-lo com mais algumas coisinhas que achei na net, pois a cada dia me convenço que certos estão os que mantém o silêncio.


Eu vou fazer a mesma coisa: me poupar de lamúrias e fazer um protesto silencioso, já que o maior de todos os castigos é a indiferença, essa sim imperdoável. O silêncio mata aos poucos e entre tantos porquês o encanto se acaba e tudo que existiu se resume a infinitos pontos de interrogações, obscuros, sem vida, sem luz, prontos para serem esquecidos num passado já quase distante.


Uma conversa sincera (embora dolorida) poderia resolver toda e qualquer pseudo-desavença, mas é preciso muito peito para falar de verdades e perspectivas. Mas onde não há sinceridade, respeito e consideração, é difícil falar de qualquer outra coisa. Não há futuro no limbo, mas ainda é tempo de ir no mercado comprar uma lanterna...


Eu queria ser um vagalume, 100% auto-suficiente, porém ainda estou desenvolvendo a minha bioluminescência... Daqui há alguns anos vai estar tudo resolvido. Mas enquanto isso sei que existem poucos, mas bons amigos-estrela guiando o meu caminho. Amo vocês e contem sempre comigo :)


Hernán Gené, Um Exército de Clowns


“Um clown é um ser indefeso, desprotegido e muito vulnerável. Definitivamente, é tudo o que na vida uma pessoa não quer ser, mas é. É um ser transparente, tudo nele se vê e se nota, nada se pode dissimular. Ele até tenta dissimular, mas não consegue... E pior, nota-se que tenta; talvez aí radique o ridículo no ser humano.


O clown não é de maneira alguma um idiota, não. Pode até ser muito inteligente, mas é a sua vulnerabilidade que o torna ridículo, que faz dele um clown. A imaginação de um clown não tem limite possível. Tudo o que ele imagina pode ser real. Porque nisto consiste a sua vida, o seu mundo.


Em um mundo onde prevalece o humano, os clowns dão prioridade ao coração, à sinceridade e ao seu amor pela vida e pelas coisas mais belas e nobres; enaltecem a amizade como um valor indestrutível e inviolável, e defendem sempre a verdade como forma de vida, essa verdade interior e pura. O clown é um pretexto para tornar a vida um pouco mais agradável e as pessoas um pouco melhores, mais compassivas e solidárias.”


Jorge Alonso, Clown do Mundo


“Há muitas características das crianças no universo do clown, no seu comportamento, na sua forma de pensar, na maneira de enfrentar os problemas, nas suas brincadeiras, nas reações, nas mudanças de humor, como por exemplo, a passagem do choro ao riso sem transição. A curiosidade, a ingenuidade, o olhar transparente, a sinceridade e a espontaneidade são padrões comuns ao tipo de comportamento da criança e do clown.


O desejo de ter, de jogar, de experimentar, de aprender, a capacidade de reação face à queda, seja física ou emocional, a entrega total àquilo que reclama a sua atenção, a ignorância do perigo, o desejo de abarcar tudo, a eterna indecisão perante duas ou mais fontes de atração irresistíveis.


E, especialmente, o imaginário. Essa capacidade para se transportar para outra realidade, inventada, sonhada, recreada desde o desejo de aceder a ela. Um trampolim para o jogo, para a aventura, como um aspecto fundamental da aprendizagem. Uma atraente simbiose entre conhecimento e gozo. Um elemento de desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, de socialização, de convivência, de aceitação e entrega.


Mas o clown não é uma criança. Tem idade de adulto e, portanto, já viveu e experimentou muito mais coisas que uma criança. Não se pode apagar de repente tudo isso da sua memória. As pessoas, e os clowns que há dentro de cada uma delas, são como são e comportam-se de determinada forma como resultado das experiências vividas desde o seu nascimento.


O clown é, antes, um adulto que atua sempre como o fazem os adultos quando não são observados, quando não estão expostos ao julgamento dos outros. E é quando estamos sozinhos que nos tornamos verdadeiramente livres, dando rédea solta às nossas verdadeiras emoções e mostrando a nudez do nosso interior. O clown perdeu o medo do ridículo e expõem seus sentimentos e suas fraquezas em tempo integral."


As suas Verdades:


- O clown é sempre autêntico.

- O clown é sincero e espontâneo.

- O olhar de um clown é um espelho através do qual vemos o seu interior e o nosso reflexo nele.

- O clown é transparente. As suas intenções estão à vista, mesmo quando tenta enganar.

- O clown é complexo, é composto de muitos rasgos de personalidade que lhe conferem uma grande riqueza expressiva.


As suas Emoções:


- De todas as emoções que habitam o clown, algumas são imprescindíveis: a ternura e a compaixão.

- No seu registro emocional, ele pode passar de um estado ao outro com a mesma rapidez e intensidade com que o sinta dentro de si. Ele é um furacão!

- O clown não tem consciência que exagera. Se o faz, é devido à sua paixão, que o faz acreditar na verdade do seu exagero.

- O clown tem uma boa auto-estima. Acredita na sua inteligência, mesmo quando esta o trai, o que ocorre com bastante frequência.


Adaptado de El Clown, un navegante de las emociones