segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eternamente três...


Quão triste e incompleta pode ser a noite quando nós três não estamos juntos. Você me dá seu amor. Eu simplesmente me entrego. Tudo é tão puro e sincero. Ela nos ilumina e vai guiando nosso caminho, permitindo-nos ficar ainda mais belos com a luz que reflete.

Nós dois nos amamos sempre com as janelas abertas e lá está ela, nos observando atentamente ao lado de suas lágrimas, transformadas em estrelas, encantando o firmamento e nossa história. Todos os dias, chega um ponto em que a inveja do nosso amor é tanta, que triste ela parte.

Não temos culpa por sua cara metade ser tão oposta e esta união tão rara de acontecer. Embriagado do mesmo sentimento, seu companheiro surge, finalizando assim nossa noite de paixão. Coitados, são incapazes de apreciar nossa felicidade e esperar ansiosamente pelo dia de seus encontro.

Agora você não mais está comigo. Ela se vinga e me ridiculariza apenas com sua presença, trazendo lindas lembranças, hoje tão dolorosas. A fronha encharcar-se de tristeza. Fecho a janela na tentativa de te esquecer. Então, imagino-a no céu, rindo de mim por estar sofrendo momentaneamente o que é toda a existência dela.

Não entendo como a mágica acabou. Com os olhos fechados te sinto dentro de mim. Porém, ao abri-los tenho comigo somente vazio e solidão. Sua ausência dói. Ela sabe o que estou sentindo e por compaixão nunca me deixa sozinho. Acho que no fundo ela vê nos apaixonados a realização de seus sonhos.

Um amor como esse jamais será esquecido e talvez nem sequer acabe, fique somente adormecido. Sei que um pouco de mim ainda existe no seu coração. E é esse meu castigo, acompanhá-la todas as noites. Fazemos companhia um ao outro em nossa longa espera (mas cheia de esperança), enquanto você, tão distante não volta para mim...

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